sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A lenda do monge e do escorpião


Hoje, em conversa com um amigo, fiquei a conhecer uma parábola acerca de um escorpião que se adaptava bastante bem à minha maneira de ser. Mas ao procura-la no vasto mundo do conhecimento que é a internet encontrei uma que se adapta ainda melhor.

Sou tal e qual! E por mais picadas que leve não aprendo de maneira nenhuma! Mas será que estou errada ao aceitar a minha natureza ou estaria errada ao lutar contra ela?

E aqui vai a parábola.

“Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e apanhou-o com a mão. Quando o trazia para fora, o escorpião picou-o e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.

Foi, então, à margem apanhou um ramo de árvore, correu outra vez pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e salvou-o.

O monge voltou para a estrada para junto dos seus discípulos. Eles tinham assistido à cena perplexos pelo que lhe indagaram:

- Mestre, deve estar a doer muito! Por que foi salvar aquele bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:

- Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.


E é assim, às vezes revolto-me por pensar que não aprendo com os meus erros. Nas restantes vezes vejo que aprendo mas aceito-me tal como sou e não desejo em nada ser como o escorpião.

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